É bom que eles tenham morrido: a megapiranha gigante da antiguidade

As piranhas predadoras que vivem nos rios da bacia amazônica são consideradas um dos peixes mais ferozes e sedentos de sangue em nosso planeta. Apesar de seu tamanho modesto, esses peixes, caçando em bandos, são capazes de derrotar o inimigo, muito maior e mais forte que eles. Mas essas piranhas parecem criaturas fofas em comparação com o primo antigo, que era enorme e tinha um poder de mordida incrível.

Os restos de uma piranha gigante, ou megapiranha (lat. Megapiranha paranensis), foram descobertos por cientistas da América do Sul, na região da cidade argentina do Paraná. À disposição dos cientistas havia uma parte da mandíbula e vários dentes de um peixe antigo, que supostamente viveu aqui entre 8 e 10 milhões de anos atrás. A julgar pelo tamanho desses restos, os descendentes modernos da megapiranha foram esmagados muito, o que, é claro, para melhor. Se as piranhas predatórias modernas atingirem o tamanho de 50 centímetros, as megiriranhas antigas, de acordo com os paleontologistas, poderão atingir 120 centímetros de comprimento.

Uma característica distintiva das piranhas, modernas e seus ancestrais comuns, são suas mandíbulas incrivelmente poderosas. A natureza recompensou esses peixes com o poder de uma mordida, que de forma alguma se correlaciona com seu tamanho modesto, mas tudo porque as mandíbulas da piranha têm uma estrutura muito peculiar. Acontece que o poderoso complexo muscular localizado na mandíbula é responsável pelo mecanismo de preensão, e o tendão apertado e grosso que se liga à mandíbula forma uma poderosa alavanca. E se a piranha agarra sua vítima, ela não conseguirá escapar.

A piranha gigante, que viveu milhões de anos atrás na América do Sul, tem outra característica interessante. Os dentes dela não formam uma ou duas fileiras, mas estão dispostos em zigue-zague. Esta posição dos dentes, em comparação com os tipos existentes, é algo intermediário. As piranhas carnívoras modernas têm uma fileira de dentes muito afiados, enquanto as espécies herbívoras (e há algumas entre as piranhas) têm duas fileiras de dentes que são mais adequadas para comer alimentos vegetais grosseiros.

A julgar pelo tamanho das mandíbulas encontradas, a piranha antiga podia segurar uma vítima em suas mandíbulas poderosas, cujo peso chegava a 400-500 kg.

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